«Por vezes, meus filhos, o melhor da pátria»
Por vezes, meus filhos, o melhor da pátria
é estarmos longe dela, para melhor a podermos
amar e odiar, para melhor nos esquecermos dela
enquanto a lembramos e desejamos. Como hei-de
explicar-vos isto de forma que não vos magoe
nem vos torne hostis à terra que vos deu nome,
e língua, e memória, e saudade?
Eu fui capitão das naus, navegante das mil estrelas,
da noite dos mares, e agora perco-me em terra,
alvoraçado pelos amores que não sei manter,
pelo desejo que não ouso confessar,
pelo medo que me amortalha a luz da voz.
Wenceslau de Moraes
é estarmos longe dela, para melhor a podermos
amar e odiar, para melhor nos esquecermos dela
enquanto a lembramos e desejamos. Como hei-de
explicar-vos isto de forma que não vos magoe
nem vos torne hostis à terra que vos deu nome,
e língua, e memória, e saudade?
Eu fui capitão das naus, navegante das mil estrelas,
da noite dos mares, e agora perco-me em terra,
alvoraçado pelos amores que não sei manter,
pelo desejo que não ouso confessar,
pelo medo que me amortalha a luz da voz.
Wenceslau de Moraes
Etiquetas: Poema
1 Comments:
Não sabia eu que alguêm escrevera já, tão claro e limpo, aquilo que não sei expressar e há muito sinto.
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