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terça-feira, setembro 27, 2005

A saúde da justiça

Hesitei sobre se haveria de escrever sobre isto: os Serviços Sociais do Ministério da Justiça. A razão desta hesitação prende-se com o facto de eu ser um dos seus inúmeros beneficiários, agora abrangidos pela perda deste privilégio (que se anuncia), ao passar a usufruir dos serviços da ADSE. Meto pois a foice na minha seara. Sou muito suspeito. Sou culpado. Confesso.
Note-se no entanto que não coloquei entre aspas o termo privilégio. De facto, penso que os serviços de saúde dos funcionários do ministério da justiça são um privilégio quando comparado com os serviços de saúde dos restantes funcionários públicos (a ADSE). Estou por isso preparado para prescindir destes pseudo “direitos adquiridos”. Uniformizem tudo pois, uniformizem-me mesmo a mim. Aqui estou: disponível, se isso for de facto imprescindível para o bem de todos. É preciso no entanto que se registe o seguinte: a ADSE é mais cara que os SSMJ! Ou no limite, não é mais barata. Explicando com mais clareza, cada beneficiário da ADSE fica mais caro ao Estado (e a cada português) que cada beneficiário dos SSMJ! E beneficiando de menos e piores serviços! Está tudo aqui, no Jornal de Negócios (versão completa só em papel). Sendo isso verdade, não resisto por isso a uma “inocência”: se assim é, porque é que não se faz a uniformização no sentido inverso, integrando os funcionários da ADSE nos SSMJ ??
OK! Esqueçam!
O governo até por isso mesmo já confessou que a razão de ser desta medida não é económica (ou orçamental) mas somente política. Quer dizer, é preciso uniformizar (leia-se, retirar privilégios), mesmo que isso venha a custar mais dinheiro aos contribuintes. OK, até isto eu também aceito! Há mais vida para além do orçamento, ensinou-nos o nosso PR. É que o Secretário de Estado adjunto da Justiça, Conde Rodrigues, justifica esta medida com o «princípio da uniformização da protecção à doença». Mas olho para o lado e o que é que vejo? Que os SSMJ afinal não vão ser extintos! É que o governo decide, ainda assim, manter os privilégios a alguns funcionários públicos do ministério da justiça: guardas prisionais, investigação criminal da PJ, técnico-profissionais do Instituto de Reinserção Profissional, etc. Afinal em que é que ficamos ??

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

12:08 da tarde, setembro 27, 2005  

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