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domingo, janeiro 15, 2006

O silêncio dos inocentes

Não existe um caso Facturação PT. Existe sim um caso Souto Moura. E este caso fede, e fede há tanto tempo, que já não há opiniões inocentes. Também eu, verdade se diga, até já faço por esquecer as calinadas (que as houve) do MP. Aqueles que há muito tempo pedem a cabeça do procurador não perdem uma oportunidade que seja. E de tanto o fazerem já têm a sua própria cabeça metida de tal modo no assunto, que estão, neste momento, incapazes de uma análise mais racional. Acontece a todos! Ver fazedores-de-opinião, jornalistas, blogueteiros, etc., tão prezados pela opinião pública, perderem completamente a sua objectividade e lucidez habituais, é estranho, muito estranho, mas acontece. Agora, e uma vez mais, atiraram-se com tanta sofreguidão à carniça, pensando que desta vez é que o homem estava morto, que até dá dó ver a sua enormíssima frustração por se ver gorar tão grande oportunidade. Essa de a PT vir afinal assumir a responsabilidade pelo sucedido, é que não deu jeito nenhum!
Creio no entanto, malgrado o que se venha a concluir deste último sucedido, que a máquina já está em movimento e será imparável. Provavelmente, mesmo inocente, Souto Moura desta já não se safa. O sistema é mecânico, frio e inexorável. E prepara-se para arranjar alguém que, no futuro, proteja melhor as amplas liberdades da nomenclatura instalada. Alguém que nada faça, que como se sabe é o único caminho para em nada se errar!