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domingo, abril 30, 2006

Privilegiados

A ler, integralmente, Rui Tavares, no Público de sábado 29:
"Um dos aspectos mais proeminentes do discurso político contemporâneo é que as castas dominantes –gestores e economistas de topo, membros de conselhos de administração, banqueiros, capitalistas e porta-vozes de associações industriais, marqueteiros e gestores de imagem, líderes de directórios partidários, governantes, colunistas ou editorialistas-, que não perfazem juntas mais do que um por cento da população, têm por hábito chamar privilegiados à maior parte dos restantes 99 por cento."

"Mas um banqueiro como Fernando Ulrich, que tem poucas oportunidades de ficar desempregado, sugere que se liberalize o despedimento em Portugal – a benefício, supostamente, dos desempregados. Folheando as secções de economia dos jornais, facilmente encontramos senhores (e mais raramente senhoras) que podem determinar o valor das suas pensões ou aumentar-se legalmente a si mesmos, mas que acusam o cidadão comum de, com os seus privilégios, colocar em risco a sobrevivência de Portugal."