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segunda-feira, maio 22, 2006

amarelas são as tardes

são amarelas as tardes quentes de ti

teu corpo em espera ligeira nem pluma nem ave cântico de adormecimento oblíqua/
nuvem num céu de breve quentura e o sal também vem até onde a lava te celebrar/
e o amarelo da tarde restar tom de manteiga com açúcar derretido na pele no chão/
da minha boca espasmo delicioso amor intranquilo beijo sem lábios na ternura de/
palavras faladas amarelas são as tardes em que o meu corpo maduro te descobre/
transparente maracujá quente

quente de mim


Ondjaki