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sexta-feira, junho 09, 2006

Virtuosismo, colectivismo e atitude mental

Hoje começa o campeonato de mundo de futebol 2006. Como amante de futebol, embora não alinhado com os excessos habituais dessa paixão, deixo aqui as minhas expectativas.
Sobre a nossa selecção, e como é da praxe, tudo é possível: do melhor ao pior.
Não considero no entanto que possamos ser campeões do mundo, e muito menos que nos possamos incluir no lote dos favoritos. Quem o diz é a nossa própria história: nunca ganhamos, nem sequer nunca chegamos à final (estou apenas a falar de campeonatos do mundo que é coisa diferente de campeonatos da Europa).
Dizer que somos do lote dos favoritos porque temos Figo, Deco, Cristiano Ronaldo, etc., é esquecer que o futebol não é só isso. Se fosse, então podiam fazer já uma final Brasil – Portugal. Mas não. O futebol são mais outras 2 partes: colectivismo e atitude mental. E é sempre isto que nos falta quando falhamos. Concedo no entanto que nunca como desta vez parecemos estar tão perto de ter mais que apenas uma terça parte, a do virtuosismo. E o responsável por isso tem apenas um nome: Filipe Scolari! É ele que prefere prescindir aqui e ali de um ou outro virtuoso (Baía antes, Quaresma agora) e em seu lugar ganhar autoridade, e um grupo bem mais coeso e disciplinado. Os únicos pontos de interrogação neste momento, e que poderão influenciar muito a prestação da equipa, são apenas 3:
# como se vai apresentar Costinha;
# se Deco vai ter tempo de crescer fisicamente com o desenrolar da prova;
# como se vai comportar disciplinarmente Cristiano Ronaldo.
São, quanto a mim, os únicos 3 imponderáveis (lesões graves que possam surgir a seguir, obviamente não contam para esta análise).
Naturalmente se estes 3 rapazes se apresentassem no seu melhor, quase apostaria nas……. meias-finais (entre os 4 primeiros).
O resto da equipa parece estar muito bem, sobretudo Petit, Ricardo Carvalho, Figo e Pauleta.
Sobre outras selecções, prevejo algumas surpresas, com algumas selecções mais fortes a não corresponderem. Sendo o futebol a caixinha de surpresas que sempre é, vamos ver se a selecção do Brasil não terá estrelas a mais e operários a menos. No futebol como lá no emprego, é preciso pelo menos que 2 ou 3 trabalhem!!
Surpresas pela positiva, a chegarem-se bem à frente, talvez a República Checa: estes costumam ter o tal colectivismo e atitude mental (embora com um tudo nada de frieza a mais, e paixão a menos). E já agora a Holanda.
E pronto. Já fiz também o meu papel de treinador de bancada.
Venha a bola!