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quarta-feira, julho 05, 2006

Miguel Sousa Tavares vence o Mundial!

Alguém tem de dar uma ajudinha a Miguel de Sousa Tavares, ou um dia destes dá-lhe alguma em pleno Jornal da Noite, na TVI.
Por exemplo, fazer uma pausa e respirar fundo, sempre que fala de Victor Baía ou do Quaresma, talvez ajudasse.
O homem em matéria de futebol transforma-se e torna-se naquilo que apenas é: um indefectível e provinciano portista. (Detalho, porque penso obviamente que muitos portistas sabem que há mais vida para além do F.C.Porto: a selecção nacional, por exemplo.)
À conta disso, e desde que Scolari não convocou o venerado Victor Baía e piorou a coisa ao não ter chamado Quaresma, MST pura e simplesmente nem consegue pronunciar o nome Scolari.
É patético mas até tem a sua graça ver o modo como o futebol mexe com tantos de nós.
Mas tem ainda mais graça, sobretudo por a Campanha MST Anti-Scolari, desde há uns anitos a esta parte, estar sempre a dar para o torto.
É assim que antes de se iniciar o Euro 2004 previa MST o pior. Quando se viu que afinal a selecção ia por aí fora, pouco tardou a explicação: Scolari ganhou porque mudou e montou a equipa conforme o que MST e outros tantos especialistas diziam.
Bem aja tanta sapiência!
Mas chega-se à final do Euro 2004 e acontece aquilo que todos sabem.
MST, na linha do Papa do Norte, logo proclama que não ter vencido a Grécia, uma selecçãozinha qualquer, era prova da incompetência de Scolari. É claro que o facto de grandes selecções nesse Europeu terem ficado pelo caminho e algumas terem também caído aos pés dessa mesma Grécia, não faz mossa em tão arguta conclusão. Adiante!
Dois anos passados iniciamos pois este Mundial já com um MST fresco, recuperado e entusiasmadíssimo com as suas críticas de cátedra a Scolari. Desta vez o pretexto era Scolari ter cometido o capital pecado de não ter convocado Quaresma (outro jogador do FCP, é claro).
Azar novamente: o dito jogador faz o Europeu de sub-21 em Portugal e sintetiza com as suas deprimentes exibições aquilo que Scolari nem precisou de se dar ao trabalho de explicar.
Mas MST não esmorece. À boleia de concluir que a culpa da performance dos sub-21 foi de Scolari, a crítica é sobre a escolha do local de estágio para a selecção dos crescidinhos, é sobre isto, e mais aquilo...
MST está aceso e em grande forma e sabe que com quase com toda a certeza, Portugal, cumprindo aliás a sua tradição de 40 anos, virá do Mundial 2006 mais cedo do que julga valer.
Mas sucede (está a suceder) mais uma vez o impensável para MST: a selecção classifica-se em 1º lugar no seu grupo, e mercê do acaso de sorteios, e ao contrário de outras selecções que também passaram a fase de grupos, calham-lhe só grandes potências do futebol: Holanda, Inglaterra, e ainda hoje (às 20:00h) a França, e depois a Alemanha ou Itália (para o 3º ou para o 1º lugar).
E Portugal passa. Passa a Holanda com um árbitro que sobretudo prejudica a nossa selecção, não só naquele jogo como para o jogo seguinte contra a Inglaterra, ao dar cartão vermelho a 2 dos jogadores mais importantes.
Mas ainda assim, contra a Holanda e jogando a maior parte do tempo em inferioridade numérica, e contra a Inglaterra em inferioridade de plantel, Portugal passa.
Mas o pior para MST ainda estava para vir: Victor Baía, perdão, Ricardo, pela 1ª vez na história dos Mundiais defende 3 penaltis!! 3!!
Isso já era demais!
MST exaspera que não lhe falem mais de futebol, ou contorce-se nas suas crónicas semanais em A Bola.
Era demais, mas MST mais uma vez recupera.
Ontem no jornal A Bola, pasmem-se, MST diz: «O que todos deveríamos desejar agora é que Portugal vença amanhã a França, depois de um bom jogo e de uma grande exibição. E que faça o mesmo domingo, na final. Se não puder juntar o útil ao agradável, paciência: que fique o útil. Mas não vamos, por isso, pretender que ninguém, na hora da vitória, é capaz de distinguir um bom jogo de um mau jogo e que isso lhe é, até, indiferente.»
Ora aí está o céu como limite. MST só ficará satisfeito (ficará???) se Portugal se sagrar campeão do mundo, não só ganhando mas fazendo também 2 boas exibições sobre a França e a Itália.
Foi certamente por esquecimento que não referiu o score mínimo exigível para esses dois jogos (4 a 0 ??).
Se isso suceder, com um pouco de sorte ainda ouviremos MST explicar a sua quota-parte nos sucessos da selecção.
Já sobre o valor da participação de Scolari em tal sucesso, por mais que tente, não consigo sequer imaginar o que MST dirá!
Ou se dirá!

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O problema é a imprensa, que dá demasiada importância ao que esse bosta que se faz passar por jornalista diz.

12:49 da manhã, julho 14, 2006  

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