Powered by Blogger

quinta-feira, setembro 21, 2006

Meu amor, meu quente marulhar

meu amor, meu quente marulhar das águas ancestrais,
meu alvoroço terno das manhãs, há um vaporzinho no ar
percorro a linha fina do teu corpo, o seu desenho ainda ensonado,
e és para mim toda a realidade nesse instante.
há roupas, sim. roupas que vais vestindo, algum creme que pões,
uma cama desfeita, um leve baloiçar das árvores lá fora
e o sol de inverno a alastrar nas vinhas.

Vasco Graça Moura
inédito publicado JL nº 938 (13-26/10)
Lançamento hoje às 18:30h, no Teatro Nacional D. Maria II
"Poesia 2001-2005", Quetzal.