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quinta-feira, janeiro 18, 2007

Razão e paixão

[Foto tirada no último jogo disputado em Alvalade]

Ora deixa cá puxar a brasa ao meu Sporting.
Já se sabe que o futebol em Portugal, como negócio, não dá. Aliás, fosse este negócio de uma economia e racionalidades como são os outros negócios, ou a mesma que existe em outros países onde futebol é indústria, e já não havia nem Benficas, nem Portos, nem Sportings, para disputarem fosse o que fosse.
Até prova melhor e futura, qualquer dos 3 clubes, independentemente do maior ou menor sucesso desportivo que vão tendo, são um tremendo fiasco económico e financeiro. Mas chegados aqui…. ALTO!
É que a situação financeira dos 3 grandes, nem por isso é a mesma, e nem a sua cultura organizativa é comparável.
Nesse aspecto, a emergência de José Roquete no Sporting, há uns anos atrás, marca definitivamente, tanto em termos históricos, como económicos, sociológicos e organizacionais, o aparecimento de um novo Sporting.
Foram-se os Rochas, foi-se o homem dos bigodes e foram-se as Cintralhas. Esperemos que definitivamente, e que a contra-ciclo não apareça por aí algum salvador da pátria a oferecer não sei quantas unhas para o leão.
Neste aspecto, ao Porto e ao Benfica, falta-lhes ainda fazer este 25 de Abril, pelo qual o Sporting já passou.
É que dos 3, o Sporting continua a ser aquele clube que melhor organização apresenta, até já começando a constituir-se tal como cultura própria e identitária.
Prova disso, é não só, ser o Sporting aquele que desde há uns anos a esta parte tem a equipa mais barata dos 3 grandes (e portanto aquela que mais próxima está das possibilidades reais do nosso campeonato), como ser também o que mais e melhores talentos jovens forma (neste aspecto, desde há pelo menos 25 anos a esta parte e mesmo ultrapassando praticamente todos os clubes europeus), e ainda aquele clube que apresenta passivos mais baixos e capacidade próxima de os fazer diminuir mais ainda.
Vem tudo isto a propósito dos números que agora vêm a lume: é que neste momento, só o Sporting cresce em espectadores, sendo o único dos 3 grandes a registar um crescimento no número de espectadores, de 2005/2006 para 2006/2007, analisando os números sob todas as perspectivas: globais, média e comparativo face aos adversários.
Numa altura de cada vez maior fragilidade competitiva no campeonato, e financeira nos clubes, o Sporting faz prova da sua sabedoria comercial e organizativa, apresentado uma média de 36.048 por jogo, 5000 a mais em cada jogo relativamente ao campeonato transacto!!
Resta só saber se a bancada ululante e que por mais anos que vá ao futebol continua a não saber ver um jogo, permitirá tanta racionalidade e gestão.
O que as massas afinal querem é sempre triunfos.