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segunda-feira, março 12, 2007

Governo reactivo

Os Museus de Arte Antiga e do Azulejo vieram este fim-de-semana para a televisão denunciar o encerramento de algumas das suas salas por falta de vigilantes.
A discrepância entre o número mínimo de vigilantes necessários e aqueles que possuíam, era de tal ordem, que chocava até o mais dos mais incultos.
Chegam agora ao ponto de cobrar apenas meio bilhete, exactamente porque só podem abrir metade das salas!
Ficam prejudicados os portugueses, mas até e sobretudo os estrangeiros, que constituem nesses museus parte muito significativa do seu público.
E fica a imagem do país pela rua.
Pois bem, cá está a resposta!
Diz hoje o Ministério da Cultura que, vai integrar mais de cem funcionários públicos excedentários nos quadros do Instituto Português de Museus (IPM), no âmbito da reforma da Administração Central do Estado, medida que deverá ser aplicada a partir de Abril ou Maio.
Promete ainda que, até lá irá celebrar 52 contratos de tarefa por um período de três meses, para garantir que os museus mantenham todas as salas abertas.
O que se pergunta é porque razão não foi esta medida tomada há mais tempo, desde que se tornou a mesma necessária.
E desta questão nasce outra: não tivessem estes museus furado o bloqueio das capelinhas e cumplicidades, até quando o Ministério da Cultura assobiaria alegremente para o ar?
A isto chama-se navegar à vista.
E é exactamente o oposto da reflexão, do planeamento e da execução de uma política com cabeça, tronco e membros.
Em suma, é a ausência de gestão.
Não é estratégico, nem sequer táctico.
É apenas resposta pavloviana e já tem antecedentes em outros casos da governação.