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segunda-feira, outubro 01, 2007

Uma dúvida metódica!

To be, or not to be: that is the question

Quando o Sporting jogou em pleno Estádio do Dragão contra o F.C.Porto, aconteceu aquele mirabolante golo do Porto resultante de uma falta assinalada pelo árbitro, falta essa que já fez quase tanto pela descredibilização do futebol português, como o processo do chamado apito dourado.
Daí nasceu um novo paradigma – português - na interpretação das leis do jogo, nomeadamente na regra relativa aos atrasos aos guarda-redes.
No sábado passado, em pleno Estádio da Luz, mais uma vez foi escrita uma nova página no modo de se arbitrar em Portugal. Ao ser assinalada pelo fiscal de linha uma grande penalidade contra o Benfica, o árbitro interrompe o jogo e, surpresa das surpresas, decide não conceder a grande penalidade ao Sporting.
A questão que se coloca é:
- Se viu e entendeu que não havia lugar a grande penalidade (que até estaria no seu direito?) porque razão então interrompeu o jogo, e não o deixou prosseguir?
- Mas se não viu, então porque motivo é que não atendeu à indicação muito precisa do seu colega de linha?
Atendendo ao que já sucedeu anteriormente no jogo contra o Porto, já ponho as mãos na cabeça a imaginar como é que a comissão de arbitragem vai desta vez tentar justificar o injustificável. Virá aí outra nova e originalíssima interpretação às leis do jogo? Receia-se o pior.
Como “lagarto” que sou, obviamente que aquilo que peço é apenas que os árbitros pelo menos distribuam mais democraticamente os prejuízos que são fruto destas suas dúvidas metafísicas (Quem sou eu? Para onde vou?O que faço aqui?). Pelo menos nestes jogos entre os grandes, em que o prejuízo de uma equipa é duplo, já que significa automaticamente o benefício da outra. Assim já começa a cheirar mal. Ou então, no limite, paguem ao Sporting os serviços que vem prestando como cobaia.

P.S.1 Foi pena. O jogo até foi bom, rasgadinho e merecia golos. O Sporting perdeu a oportunidade de mais uma vez derrotar o seu eterno rival em pleno Estádio da luz. Coisa que até era inteiramente justa. Mas dúvidas se levantaram a um árbitro shakesperiano.

P.S.2 Gosto do António Camacho. E digo-o sem sombra alguma. Mas não me levem os benfiquistas a mal, se tomar nota aqui mesmo das suas sábias palavras: «Preocupam-se muito com o Benfica em Portugal. Vim para aqui para trabalhar e construir uma equipa forte. Estamos a tentar fazer o nosso percurso e não estamos aqui para falar de árbitros. Acho que aqui todos têm uma opinião sobre os árbitros dos jogos contra o Benfica. O árbitro apitou ou não apitou. Podia ter apitado, mas não o fez. O que vamos fazer? Acho que tem de se ter respeito pelo árbitro».
[Mas acha que há uma grande penalidade a favor do Sporting?] «É difícil de dizer. Do sítio onde estou é difícil ver e o árbitro é que tem de decidir».
Mais tarde hei-de lembrá-las. Nesse dia, ou muito me engano ou a vista de Camacho vai ter melhorias substanciais.

3 Comments:

Blogger goldluc said...

Parabéns pelo blogue! Vejo que partilhamos pelo menos duas paixões: a música e...O 'sportêm'. Ainda bem! Um abraço!

7:14 da tarde, outubro 01, 2007  
Blogger Sérgio de Almeida Correia said...

o penalty não existiu (sobre o Katsouranis, os outros dois existiram e era um para cada lado). O árbitro interrompeu porque o fiscal poderia ter assinalado outra falta e foi isso que ele quis saber. Quando percebeu que o fiscal só tinha para lhe dizer que era mão, então mandou prosseguir o jogo e decidiu-se pela bola ao ar, porque essa "falta", a pretensa mão, já ele tinha visto que não tinha existido porque estava de frente. Daí o ter mandado prosseguir, mas é óbvio que aquilo foi tudo mal feito, nisso estamos de acordo. Temos uma arbitragem ao nível dos dirigentes e dos políticos, não há que lamentar.

1:33 da tarde, outubro 02, 2007  
Blogger Rogério Matos said...

Caro Sérgio:
Em 2 questões estarás equivocado:
1º)Não se interrompe nunca o jogo para se perguntar ao fiscal o que é que se tinha passado. Deixa-se o jogo prosseguir e só então, depois de o mesmo estar interrompido naturamente, então é que se tiram eventuais dúvidas.Algumas vezes os fiscais assinalam foras de jogo, levantando bem alto a bandeirinha, e os árbitros, se têm outro entendimento, deixam prosseguir a jogada. Não a interrompem com dúvidas existenciais. Além disso, pelo auricular o fiscal terá naturalmente logo dado a indicação do motivo porque estava a levantar a bandeirinha. É aliás também este o critério técnico seguido na amostragem de cartões: o árbitro não interrompe o jogo e espera apenas que o mesmo pare; Aliás, se o árbitro estava tão atento à jogada que vislumbrou e que entende não ser penalti, que outra dúvida é que lhe poderá ocorrer?
2º) Por outro lado, quando dizes «ele tinha visto que não tinha existido porque estava de frente», só te peço que voltes a ver as imagens. É que - e isto é um facto - ao contrário do que pensas, o árbitro não está de frente. Bem pelo contrário, está exactamente do lado oposto ao braço esquerdo do Katsouranis. Está de lado. Quem está de frente e bem de frente, é sim o fiscal. Por isso, e seguindo o teu raciocínio, quem viu melhor o lance foi o fiscal e não o árbitro.
Daí que a minha interpretação seja diferente da tua.
O árbitro simplesmente não teve coragem de assinalar uma grande penalidade em plena "Catedral", a escassos minutos do final da partida. E lembro que nessa altura, já tinha ocorrido outra penalidade não assinalada contra o Benfica. A tal, a terceira (a favor do Benfica) já só ocorre no fim do tempo regulamentar, depois de todas estas penalizações ao Sporting.
O prejuízo não é por isso equiparável.
uM ABRAÇO

11:09 da tarde, outubro 02, 2007  

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