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domingo, abril 22, 2007

Problema de memória

Em 2003, pleno consulado do governo de Durão Barroso, o ministro Martins da Cruz ficou sob a suspeição de ter obtido privilégios de outro ministério, no favorecimento do acesso da sua filha à universidade.
Existiam então fortes indícios do envolvimento dos ministérios da Ciência e do Ensino Superior e dos Negócios Estrangeiros, respectivos gabinetes, o Director-Geral do Ensino Superior, etc. Enfim, a rede em plena laboração.
A páginas tantas, a divulgação de novos dados acaba mesmo na demissão de Pedro Lynce, então Ministro da Ciência e Ensino Superior e ainda de Martins da Cruz, mais tarde.
Num caso de contornos muito idênticos ao do canudo do Primeiro-Ministro, dada a existência de fortes indícios de favorecimento, vejamos agora o que disseram na altura o BE e o PS:
João Teixeira Lopes (BE):
«É fundamental, é urgente mesmo, que se esclareça toda a verdade, estamos a assistir a um caso de contornos complicados que envolve altos funcionários quer do ministério da Ciência e Ensino Superior quer do Ministério dos Negócios Estrangeiros que poderá envolver mesmo o secretário de Estado do MNE».
«É cada vez mais evidente que o ministro Martins da Cruz alegadamente estará consciente e envolvido nestas actividades para abrir um regime de excepção para a sua filha, o que é extraordinariamente grave, perigoso para as instituições democráticas e mais perigoso ainda seria se não se averiguasse o grau de responsabilidade e implicação do ministro».
Vieira da Silva (porta-voz PS)
«Se estas notícias correspondem à realidade, há não só um défice de solidariedade entre membros do governo, como também um gravíssimo défice de verdade», e

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