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sexta-feira, maio 18, 2007

Candidatos voláteis de candidaturas oportunistas

Será que a questão de todos aqueles que irão votar em Lisboa não é, mais do que o programa dos candidatos em presença, mais do que os inestimáveis apoios de que estas candidaturas se hão-de saber rodear, não será antes a completa ausência de garantias da permanência destes, à frente dos destinos da C.M.L., depois de eleitos?
Dito de outro modo: depois de um presidente que saiu da autarquia para Primeiro-Ministro (Santana Lopes), de um vereador grande demais para a sua vereação (Carrilho), de um candidato que o é, porque abandona uma vereação para que foi eleito (Negrão), de um líder do principal partido da oposição (Marques Mendes), que nem se rala nada que um presidente de uma autarquia (Seara) a abandone por uma candidatura a outra, e de um líder de um partido de maioria absoluta no poder (José Sócrates), que promove mexidas disparatas no Tribunal Constitucional, e prescinde do nº 2 do governo, nas vésperas de uma presidência da Comunidade, nas vésperas de um verão quente que se anuncia de incêndios, e num contexto de ameaças terroristas, depois disto tudo, dizia eu, que sentido é que faz votar nestes homens?
E que sentido é que faz, dar o aval aos respectivos líderes partidários?
Estarão à espera que eles repitam mais tarde a graça com a C.M.L., que fizeram agora com a C.M.Sintra, a C.M.Setúbal, o Tribunal Constitucional, o governo...?
Os candidatos até podem ser a nata da nata, do melhor que há, mas que importância tem isso se ao primeiro estalar de dedos saltam dali para outro sítio?
Por exemplo, será que Negrão e Costa, podem garantir que cumprem o mandato até ao fim para que foram eleitos?? E se forem eleitos apenas como vereadores?? E mesmo que garantam que ficam até ao fim do mandato, que valor é que terá isso assim dito na quentura de uma refrega eleitoral?
Tal como podemos contribuir para melhores serviços e produtos, se formos mais exigentes enquanto consumidores, também acredito que daremos uma ajuda a todos nós e ao nosso país, se formos mais exigentes para com a nossa democracia. Isto é, se começarmos a não avalizar estas práticas, isto é, a não apoiar estes candidatos.
Valham o que valham, tenham os apoios que tiverem, ou as credibilidades que arranjarem.
Vivesse eu em Lisboa – onde apenas trabalho e passo a maior parte do meu tempo – e com toda a certeza não perdia um pouco de tempo que fosse a ouvir o que esta malta tem para dizer. Melhor dizendo, ouvir ouvia, mas não votava neles!
Os programas serão de primeira linha, os apoios e mandatários idem, o marketing então nem se fala, mas… e daí?
É que, mais depressa que as suas palavras hão-de ser levadas pelo vento, irão eles desta para outra. Assim surja a oportunidade adequada.
Lisboa é apenas pretexto, terreno de conquista, suporte de futuras eleições. Apenas meio de. Apenas caminho para.
São candidatos voláteis de candidaturas oportunistas!

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