Estudo de Avaliação do Ensino Artístico #2
É natural que volta e meia, e a partir de agora, volte a este assunto. Quanto mais não seja, as 2 crianças lá em casa, a isso obrigam. Mas primeiro que tudo a minha manifestação de interesse: não sou músico e quando muito sou aparentado e apenas por afinidade. Quer dizer, apenas gosto muito de música, e usufruo-a o mais que posso. Por isso, não tenho aqui pergaminho de especialista. A minha especialidade – e experiência - é outra: de pai com crianças que estudam, como todas as outras no ensino genérico, e que para além disso, no final da tarde de uns dias e durante a manhã de outros (sábado), ainda frequentam outra escola (de música). E foi neste perspectiva parental que li o Relatório Final do Estudo de Avaliação do Ensino Artístico.
Começo por isso pelo início, e não deixo desde já de manifestar a minha estranheza, de ver um relatório elaborado sobre o ensino artístico especializado (bold meu), e que abarca saberes tão específicos como a música, dança, etc., ser feito por uma comissão de sábios, mas em que nenhum deles é especialista de algum destes campos disciplinares. É necessário, numa equipa deste tipo, não integrar apenas especialistas do objecto de estudo? Todos de acordo. A isso aliás se chama multidisciplinaridade. Mas constituir uma comissão em que nem um só, um só que seja, para amostra vá, é da área em estudo? Sinceramente, nunca tinha visto. Está-se sempre a aprender. E, pelos vistos, nada como o Ministério da Educação para se aprender sempre coisas novas, não é? Acho que tenho é de retornar à faculdade e voltar a frequentar as cadeiras de teorias e métodos. Adiante. Outra curiosidade é que, ao contrário do que esta estranha opção metodológica nos faria supor, os autores do relatório até nem são contra a presença de especialistas numa comissão deste tipo e num estudo deste teor. É que, afinal, eles próprios são todos especialistas... de ciências da educação! Provavelmente porque as ciências da educação são de uma especificidade tal, que servem de pau para toda a obra. Mas pronto, não se pode ter(ser) tudo. Vêm pois todos redondinhos e bonitinhos, da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação .
Já o coordenador, tinha um nome que à partida me soou algo familiar: Domingos Fernandes, de sua graça. Ah, já sei: Domingos Fernandes que é professor na FPCE foi, no governo de António Guterres, e sob a tutela do Ministro da Educação, Augusto Santos Silva, Secretário de Estado da Administração Educativa. Portugal é pequeno. Olha que par.
Mas longe de mim estar aqui a lançar qualquer desconfiança que seja, até porque todos sabem, neste nosso rectângulo de imaculada transparência, que essas coisas de amiguismo, tráfico e benesses, por aqui não são nada frequentes.
Para além do mais, só porque já se foi dirigente do ME, só porque já se exerceu um cargo político, só porque se é do mesmo partido, só porque, só porque, só porque, tal não pode ser impeditivo de as pessoas serem de facto boas naquilo que fazem. Para além do mais, até nem há-de haver por aí muitas escolas de... ciências educativas. Portanto, escolha óbvia. O erro de visão será porventura meu, que pensava que quando se encomendam estudos ao exterior de um determinado ministério, seria com a ideia de que os mesmos fossem elaborados, de facto, numa perspectiva absolutamente exterior ao gestor do universo em causa. Para mais quando é coisa que custa tanto ao erário público, e até se está em período de emagrecer de funcionários públicos, esse e outros ministérios. Mas isso sou também eu, que tenho a mania de misturar tudo. O que é que o dinheiro é para aqui chamado?
Começo por isso pelo início, e não deixo desde já de manifestar a minha estranheza, de ver um relatório elaborado sobre o ensino artístico especializado (bold meu), e que abarca saberes tão específicos como a música, dança, etc., ser feito por uma comissão de sábios, mas em que nenhum deles é especialista de algum destes campos disciplinares. É necessário, numa equipa deste tipo, não integrar apenas especialistas do objecto de estudo? Todos de acordo. A isso aliás se chama multidisciplinaridade. Mas constituir uma comissão em que nem um só, um só que seja, para amostra vá, é da área em estudo? Sinceramente, nunca tinha visto. Está-se sempre a aprender. E, pelos vistos, nada como o Ministério da Educação para se aprender sempre coisas novas, não é? Acho que tenho é de retornar à faculdade e voltar a frequentar as cadeiras de teorias e métodos. Adiante. Outra curiosidade é que, ao contrário do que esta estranha opção metodológica nos faria supor, os autores do relatório até nem são contra a presença de especialistas numa comissão deste tipo e num estudo deste teor. É que, afinal, eles próprios são todos especialistas... de ciências da educação! Provavelmente porque as ciências da educação são de uma especificidade tal, que servem de pau para toda a obra. Mas pronto, não se pode ter(ser) tudo. Vêm pois todos redondinhos e bonitinhos, da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação .
Já o coordenador, tinha um nome que à partida me soou algo familiar: Domingos Fernandes, de sua graça. Ah, já sei: Domingos Fernandes que é professor na FPCE foi, no governo de António Guterres, e sob a tutela do Ministro da Educação, Augusto Santos Silva, Secretário de Estado da Administração Educativa. Portugal é pequeno. Olha que par.
Mas longe de mim estar aqui a lançar qualquer desconfiança que seja, até porque todos sabem, neste nosso rectângulo de imaculada transparência, que essas coisas de amiguismo, tráfico e benesses, por aqui não são nada frequentes.
Para além do mais, só porque já se foi dirigente do ME, só porque já se exerceu um cargo político, só porque se é do mesmo partido, só porque, só porque, só porque, tal não pode ser impeditivo de as pessoas serem de facto boas naquilo que fazem. Para além do mais, até nem há-de haver por aí muitas escolas de... ciências educativas. Portanto, escolha óbvia. O erro de visão será porventura meu, que pensava que quando se encomendam estudos ao exterior de um determinado ministério, seria com a ideia de que os mesmos fossem elaborados, de facto, numa perspectiva absolutamente exterior ao gestor do universo em causa. Para mais quando é coisa que custa tanto ao erário público, e até se está em período de emagrecer de funcionários públicos, esse e outros ministérios. Mas isso sou também eu, que tenho a mania de misturar tudo. O que é que o dinheiro é para aqui chamado?
Etiquetas: Cunhas e Amiguismo e Tráfico, Educação, Ensino Artístico
3 Comments:
«........mini-spam........»
Os Incapazes viraram uns Parasita-Palhaços
---» Várias sociedades europeias possuem muitos méritos..., no entanto, a glorificação dessas sociedades... é um manifesto exagero!!!
---» De facto, muitas sociedades europeias... são sociedades de INCAPAZES (sim, Incapazes!) de construir uma SOCIEDADE SUSTENTÁVEL(*)... sem ser à custa da Repressão dos Direitos das Mulheres!!!
{ (*) -> como é óbvio, uma sociedade sustentável é uma sociedade dotada da capacidade de renovação demográfica }
---» Com o fim da Repressão dos Direito das Mulheres... a capacidade de renovação demográfica sumiu-se... e os Incapazes viraram uns Parasita-Palhaços! De facto:
-1- Os Parasita-Palhaços entendem que a resolução do problema demográfico deve ser feita através da importação de imigrantes;
-2- Os Parasita-Palhaços criticam a Repressão dos Direitos das Mulheres... mas depois... querem aproveitar a boa 'produção demográfica' que é proveniente de povos aonde existe uma grande Repressão dos Direitos das Mulheres!
{ nota 1: os Parasita-Palhaços querem curtir abundância de mão-de-obra servil imigrante, e querem curtir a existência de alguém que pague as pensões de reforma... apesar de... nem sequer constituírem uma sociedade aonde se procede à renovação demográfica!!!
nota 2: a MAIORIA dos europeus são uns 'dignos' herdeiros das sociedades europeias do passado (sociedades de exploradores de escravos) -> eles (a maioria) adoram realizar negociatas de lucro fácil à custa de alienígenas (leia-se, não-nativos) }
-3- Para aproveitar resquícios do tempo em que a Repressão dos Direitos das Mulheres garantia uma 'boa produção demográfica'... os Parasita-Palhaços alteraram a Lei da Nacionalidade...
-4- Mais, quando se fala na constituição de sociedades sustentáveis (isto é, sociedades dotadas da capacidade de renovação demográfica) sem ser à custa da Repressão dos Direitos das Mulheres, e em sociedades aonde não se realizam negociatas de lucro fácil à custa de alienígenas ( um exemplo: Espaços de Reserva Natural -> ver http://separatismo--50--50.blogspot.com/ )... os Parasita-Palhaços mostram-se altamente indignados!...
{ nota: como a substituição populacional (que está em curso na Europa) deve ser considerada um «processo absolutamente natural»...... consequentemente...... a maioria (vulgo Parasita-Palhaços -> os 'dignos herdeiros') é INTOLERANTE para com qualquer povo que defenda a preservação/sobrevivência da sua Identidade }
Fiz uma citação do seu excelente post no Tónica Dominante. Passe por lá. Um abraço.
Também li o dito relatório e em minha modesta opinião subscrevo tudo que foi analisado, as propostas, as criticas estão tão bem analisadas que podemos dizer que não é preciso ir mais longe, como os autores dizem ser necessário. Sigo-me pela música, pois foi essa meu plano curricular, apesar de não ter seguido a área passei por três sistemas de ensino diferentes, um profissional de música, outro sistema integrado, nomeadamente no único establecimento público de música com regime integrado que o relatório diz ser um modelo a aplicar nos outros conservatórios, e pelas conclusões é muito bem observado. Também fiz o 12º num secundário normal. Não entendo como se pode criticar uma coisa que foi feita com coragem, por psicologos, não é a área deles? Como não? Quem queria que fosse fazer o estudo, os professores? Temos de ter em atenção toda uma entidade que se possa denominar independente da área em estudo.
Mas concluido, pelo que li, tenho esperança em que o sistema especializado artítico possa vir a ser regulamentado aadequadamente e com normas rígidas, capazes de chegar a todas as pessoas.
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