Reformas para quem??
Cada cavadela, cada minhoca. Não há auditoria do Tribunal de Contas que não dê nisto: provas de despesismo no Estado, de falta de gestão e liderança, de inúmeras ilegalidades, e de amiguismo a rodos.
Desta vez são apenas (nas palavras desculpabilizadoras do ministro das finanças ), 700 milhões de euros em despesa pública irregular. É assim desde sempre, isto é, desde que o Tribunal de Contas existe e faz o seu trabalho.
Há 2 meses atrás, foi outro relatório ainda mais demolidor que este (Relatório de Auditoria nº13/2007: Auditoria aos Gabinetes Governamentais). Então, ficava escarrapachado para todos, o modo como se alimenta uma nomenclatura, a corrupção que grassa na administração pública na distribuição de tachos, e que tem origem e responsabilidade directa nos governos e partidos.
Sobre tudo isto, umas notas apenas para lembrar algumas evidências:
#1- Este despesismo na administração pública, que leva o país a que todos os anos consecutivamente atire dinheiro à rua – a bem dizer não é bem para a rua! -, este modo de traficar lugares e fomentar concubinatos, são responsabilidade directa dos partidos e dos governos, e não dos funcionários públicos que agora são como moda enxovalhados, bode expiatórios do despesismo e da crise, a reboque de uma salazarenta mesquinhez lusa estimulada pelo presente governo, junto de cada português e opinion maker de esquina;
#2- Em todas as auditorias sem excepção, as responsabilidades são sistemática, e muito directa e objectivamente imputadas aos gabinetes dos ministros e dos secretários de estado, e às altas chefias da administração pública;
#3- Esta nomenclatura – Assessores, Secretários de Estado, Ministros, Directores Gerais e Presidentes – é toda ela escolhida pelo(s) partido(s) dos governos respectivos, sendo inclusive uma grande parte dela também constituída por técnicos que vêm do sempre bem visto sector privado;
#4- Basicamente são sempre os mesmos, com circulação entre lugares de direcção e prateleiras douradas, de modo a gerir os ciclos eleitorais e a alternância no poder;
#5- As grandes reformas (??) na administração pública – PRACE e SIADAP – não são dirigidas a esta nomenclatura (pois como haveria de ser se é ela própria que promove, e está na linha da frente destas supostas reformas?), nem visam acabar com este estado de sítio, que dura há mais de 20 anos, e que tem vindo todos os anos a piorar. Pelo contrário, cada novo governo faz pior que o anterior, e quanto mais reformista é, maior é a tendência para o disparate (este do PS então esmerou-se, e agora até é possível aceder a cargos de chefia sem licenciatura: deve ser um outro programa NOVAS OPORTUNIDADES. E viva a qualificação dos portugueses, a inovação e o choque tecnológico!);
#6- Os últimos propalados casos de sucesso na administração pública – Cobrança de Impostos e ASAE - sendo a excepção, resultaram não de qualquer ímpeto reformador, de qualquer PRACE ou SIADAP, mas tão somente de se ter dado o (a)caso, de terem sido escolhidos responsáveis pelos respectivos serviços, que são competentes e são de facto líderes;
#7- E no entanto, os funcionários público desses serviços de sucesso, são da mesma massa de que são feitos todos os outros, com as suas qualidades que precisam de ser aproveitadas, e seus defeitos (que são muitos) que precisam de ser corrigidos.
Para terminar, mais uma última palavra a respeito deste último relatório do Tribunal de Contas. O ministro das finanças, nas desculpas ridículas que deu (o silêncio seria de ouro neste caso), desvalorizou o montante em questão. 700 milhões serão porventura pouco, mas o jeito que não daria para terminar tanta obra de forte impacto social (já que estamos neste momento a falar do Partido Socialista), como é o caso do novo hospital pediátrico de Coimbra. Um exemplo apenas, entre milhares de boas aplicações para esses poucos 700 milhões de euros.
Desta vez são apenas (nas palavras desculpabilizadoras do ministro das finanças ), 700 milhões de euros em despesa pública irregular. É assim desde sempre, isto é, desde que o Tribunal de Contas existe e faz o seu trabalho.
Há 2 meses atrás, foi outro relatório ainda mais demolidor que este (Relatório de Auditoria nº13/2007: Auditoria aos Gabinetes Governamentais). Então, ficava escarrapachado para todos, o modo como se alimenta uma nomenclatura, a corrupção que grassa na administração pública na distribuição de tachos, e que tem origem e responsabilidade directa nos governos e partidos.
Sobre tudo isto, umas notas apenas para lembrar algumas evidências:
#1- Este despesismo na administração pública, que leva o país a que todos os anos consecutivamente atire dinheiro à rua – a bem dizer não é bem para a rua! -, este modo de traficar lugares e fomentar concubinatos, são responsabilidade directa dos partidos e dos governos, e não dos funcionários públicos que agora são como moda enxovalhados, bode expiatórios do despesismo e da crise, a reboque de uma salazarenta mesquinhez lusa estimulada pelo presente governo, junto de cada português e opinion maker de esquina;
#2- Em todas as auditorias sem excepção, as responsabilidades são sistemática, e muito directa e objectivamente imputadas aos gabinetes dos ministros e dos secretários de estado, e às altas chefias da administração pública;
#3- Esta nomenclatura – Assessores, Secretários de Estado, Ministros, Directores Gerais e Presidentes – é toda ela escolhida pelo(s) partido(s) dos governos respectivos, sendo inclusive uma grande parte dela também constituída por técnicos que vêm do sempre bem visto sector privado;
#4- Basicamente são sempre os mesmos, com circulação entre lugares de direcção e prateleiras douradas, de modo a gerir os ciclos eleitorais e a alternância no poder;
#5- As grandes reformas (??) na administração pública – PRACE e SIADAP – não são dirigidas a esta nomenclatura (pois como haveria de ser se é ela própria que promove, e está na linha da frente destas supostas reformas?), nem visam acabar com este estado de sítio, que dura há mais de 20 anos, e que tem vindo todos os anos a piorar. Pelo contrário, cada novo governo faz pior que o anterior, e quanto mais reformista é, maior é a tendência para o disparate (este do PS então esmerou-se, e agora até é possível aceder a cargos de chefia sem licenciatura: deve ser um outro programa NOVAS OPORTUNIDADES. E viva a qualificação dos portugueses, a inovação e o choque tecnológico!);
#6- Os últimos propalados casos de sucesso na administração pública – Cobrança de Impostos e ASAE - sendo a excepção, resultaram não de qualquer ímpeto reformador, de qualquer PRACE ou SIADAP, mas tão somente de se ter dado o (a)caso, de terem sido escolhidos responsáveis pelos respectivos serviços, que são competentes e são de facto líderes;
#7- E no entanto, os funcionários público desses serviços de sucesso, são da mesma massa de que são feitos todos os outros, com as suas qualidades que precisam de ser aproveitadas, e seus defeitos (que são muitos) que precisam de ser corrigidos.
Para terminar, mais uma última palavra a respeito deste último relatório do Tribunal de Contas. O ministro das finanças, nas desculpas ridículas que deu (o silêncio seria de ouro neste caso), desvalorizou o montante em questão. 700 milhões serão porventura pouco, mas o jeito que não daria para terminar tanta obra de forte impacto social (já que estamos neste momento a falar do Partido Socialista), como é o caso do novo hospital pediátrico de Coimbra. Um exemplo apenas, entre milhares de boas aplicações para esses poucos 700 milhões de euros.
Etiquetas: Administração Pública, Cunhas e Amiguismo e Tráfico
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