Uma política de castings
É a Política reduzida ao espectáculo e as políticas a um subproduto deste.
Já não nos chegava o espectáculo inqualificável e deprimente que o PSD vem dando desde que é oposição, e que definitivamente nos esclarece a todos sobre ao que andam afinal a grande maioria dos políticos dos chamados partidos do Poder (depois dizem que falar mal dos políticos é populismo).
Agora temos também uns tiques de poder popular à PCP, vindos da parte do PS, ao arregimentar autocarros vindos da parvónia, carregados de 3ª e 4ª idade, para fazerem a festa da ilusão ao recém-eleito António Costa. Até parecia que iam para a Festa do Avante! Compreende-se o problema, pois não havia Lisboeta entusiasmado, nem com o vencedor, e muito menos com os inúmeros perdedores. E não, não foi pacovice de um autarca apenas, ou de um qualquer PS local. Os autocarros vinham de vários pontos das nossas províncias continentais, sinal de que houve ordens executadas e uma ordem organizada. Contadas foram: Alandroal, Cabeceiras de Basto, Covilhã, Famalicão, Mangualde e Reguengos de Monsaraz. O sinal de degradação a que chegou a política e que é dado por este evento organizado pelo PS, resulta do facto de, pelo menos quando a coisa é organizada pelo PCP, os velhotes saberem ao que vêem, e até já trazerem as bandeiras de casa. Estes não. A estes ofereceram-lhes uma vinda à capital do reino, umas passeatas aqui e acolá (terão ido ao Túnel do Marquês?), sardinha assada e feveras à conta, e já agora, no caminho de volta à terrinha, "vamos ali num instante com estas bandeirinhas, que não custa nada, e o Hotel Altis até é tão importante como o Mosteiro dos Jerónimos". Pensando melhor, o modo como este PS de Sócrates faz política, é muito mais tirado daquelas manifestações de apoio a Salazar, organizadas então pela União Nacional. É degradante. E como que para nos avisar que a coisa não é um acaso ou mero subproduto da silly season, meia dúzia de dias passados foi a vez de, na apresentação do Plano Tecnológico da Educação, se ter montado um espectáculo com crianças a fazerem de afadigados alunos, e que foram contratadas a € 30 cada, por uma empresa de casting! Por uma empresa de casting!!! O simbolismo deste episódio é de tal ordem, que nos inutiliza qualquer comentário mais que possamos fazer a propósito da política de plástico, feita de pseudo-reformas, e pseudo-resultados, protagonizada por tão incrível governo! Vale bem mais que 1000 imagens.
Pior foi ainda a reacção de José Sócrates quando confrontado com a situação, ao justificar-se que a responsabilidade não era do Governo, e dizendo que “isto é apenas uma sessão de apresentação, feita por uma empresa que produz e coloca no mercado os quadros interactivos e que os expõe”. Pois claro. Estava ali aquela empresa, com aqueles flat screens todos janotas e umas crianças limpinhas e aplicadas, umas professoras boas comó milho, e o primeiro-ministro que por mero acaso ia a passar por ali...zás, a oportunidade faz o homem e vai daí aproveitou para falar do Plano Tecnológico. Mais valia que estivesse calado.
É definitivamente a consagração da comédia clássica grega. Quem precisa hoje de voltar a ler Aristófanes?
Já não nos chegava o espectáculo inqualificável e deprimente que o PSD vem dando desde que é oposição, e que definitivamente nos esclarece a todos sobre ao que andam afinal a grande maioria dos políticos dos chamados partidos do Poder (depois dizem que falar mal dos políticos é populismo).
Agora temos também uns tiques de poder popular à PCP, vindos da parte do PS, ao arregimentar autocarros vindos da parvónia, carregados de 3ª e 4ª idade, para fazerem a festa da ilusão ao recém-eleito António Costa. Até parecia que iam para a Festa do Avante! Compreende-se o problema, pois não havia Lisboeta entusiasmado, nem com o vencedor, e muito menos com os inúmeros perdedores. E não, não foi pacovice de um autarca apenas, ou de um qualquer PS local. Os autocarros vinham de vários pontos das nossas províncias continentais, sinal de que houve ordens executadas e uma ordem organizada. Contadas foram: Alandroal, Cabeceiras de Basto, Covilhã, Famalicão, Mangualde e Reguengos de Monsaraz. O sinal de degradação a que chegou a política e que é dado por este evento organizado pelo PS, resulta do facto de, pelo menos quando a coisa é organizada pelo PCP, os velhotes saberem ao que vêem, e até já trazerem as bandeiras de casa. Estes não. A estes ofereceram-lhes uma vinda à capital do reino, umas passeatas aqui e acolá (terão ido ao Túnel do Marquês?), sardinha assada e feveras à conta, e já agora, no caminho de volta à terrinha, "vamos ali num instante com estas bandeirinhas, que não custa nada, e o Hotel Altis até é tão importante como o Mosteiro dos Jerónimos". Pensando melhor, o modo como este PS de Sócrates faz política, é muito mais tirado daquelas manifestações de apoio a Salazar, organizadas então pela União Nacional. É degradante. E como que para nos avisar que a coisa não é um acaso ou mero subproduto da silly season, meia dúzia de dias passados foi a vez de, na apresentação do Plano Tecnológico da Educação, se ter montado um espectáculo com crianças a fazerem de afadigados alunos, e que foram contratadas a € 30 cada, por uma empresa de casting! Por uma empresa de casting!!! O simbolismo deste episódio é de tal ordem, que nos inutiliza qualquer comentário mais que possamos fazer a propósito da política de plástico, feita de pseudo-reformas, e pseudo-resultados, protagonizada por tão incrível governo! Vale bem mais que 1000 imagens.
Pior foi ainda a reacção de José Sócrates quando confrontado com a situação, ao justificar-se que a responsabilidade não era do Governo, e dizendo que “isto é apenas uma sessão de apresentação, feita por uma empresa que produz e coloca no mercado os quadros interactivos e que os expõe”. Pois claro. Estava ali aquela empresa, com aqueles flat screens todos janotas e umas crianças limpinhas e aplicadas, umas professoras boas comó milho, e o primeiro-ministro que por mero acaso ia a passar por ali...zás, a oportunidade faz o homem e vai daí aproveitou para falar do Plano Tecnológico. Mais valia que estivesse calado.
É definitivamente a consagração da comédia clássica grega. Quem precisa hoje de voltar a ler Aristófanes?
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home