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terça-feira, janeiro 08, 2008

Relance 2007-2008

Foi-se 2007 e chegou-se a nós 2008. E espero que com este ano eu retorne mais assiduamente ao insustentável. Sim eu sei, o final de 2007 já passou e com isso o tempo dos balanços. E 2008 já tem quase 10 dias. Mas o que querem..?? A verdade é que eu ainda ando meio perdido por 2007. E começo a perceber só agora que estou em 2008.
Por isso, aqui deito a mão ao Objectos, e com isso vos faço a todos, leitores do insustentável, este votos sinceros para 2008. E aproveito ainda para atirar umas larachas soltas para o ar.

O panorama é o mesmo, de uma ponta a outra do espectro político. Tudo muito cinzentinho, como o país que é o nosso e o inverno que está aí.
O PSD deambula sem objectivo, retrocede, avança e contorce-se, de tão desorientado que está. Não se percebe o que afinal quer para Portugal. Mas percebe-se o que quer afinal do país. Quer o Poder, mas a preguiça e a incompetência é tanta, que às tantas páginas nem está para alinhavar meia dúzia de ideias com consistência e lógica. Mas compreende-se: é que o PS governa como o PSD no fundo gostaria de ter governado (e de vir a governar). E também se percebe porque o faz assim, de um modo tão laxista e pouco aplicado: é que nas 2 últimas eleições legislativas, a oposição (PSD/Barroso numa ocasião e PS/Sócrates em outra) a bem dizer nada fizeram para merecer a vitória que vieram posteriormente a conquistar nas eleições. Foram os governos de então (PS/Guterres e PSD/Barroso/ Santana) que simplesmente ofereceram as eleições de bandeja. Por isso o PSD de Marques Mendes e agora este “novo” PSD, simplesmente aguarda languidamente que o governo caia por si e de podre.
O PS por sua vez governa com tal força de campanha e marketing (embora alguma comunicação social comece aqui e ali a querer desalinhar-se), que por vezes até parece que governa de facto. A bem dizer, o verbo até que se lhe aplica mas de um outro modo: o governo governa-se. Faz isso, e bem, e ponto final. De resto o que melhor faz é desqualificar o pequeno e o médio país, do Minho ao Algarve. Não ficará pedra sobre pedra.
Para além das poucas indústrias que vão encerrando de norte a sul (aí a responsabilidade é bem mais estrutural e muito pouco governativa, embora não tenha sido eu que tenha prometido 300.000 empregos!), do desemprego galopante, o governo vai simplesmente retirando os serviços mais básicos e mais estruturantes das comunidades (maternidades, urgências, hospitais, etc.) Só quem não vive nem dorme sequer 2 dias numa cidade média deste país, ou não teve ainda o azar de ficar doente na hora e local errados, é que pode justificar esta política da saúde. É de facto a grande revolução pós-25 de Abril. Mas é a má revolução. Quando daqui a uns anitos for possível fazer-se o balanço desapaixonado da acção deste governo, no que à (des)qualificação do território diz respeito, à (des)qualificação da vida dos mais desfavorecidos, e à qualificação dos mais favorecidos e donos do regime, então se apreciará o descalabro que foram estes anos, e provavelmente os que se seguirão, sejam eles do PS ou do PSD.

Escolha o Diabo que fica sempre bem. E bom ano de 2008.

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E a China aqui tão perto...

Quer comer verdadeira comida chinesa, como se estivesse na China? Então vá ao Restaurante Ton Xin. Mas antes visite o site do restaurante, aqui, todinho vertido para escorreito português. Tão escorreito que é difícil ver para onde irá.
A prosa foi toda vertida do chinês para o português, e deixem-me que vos diga, em muitos anos de Macau embora tenha visto coisas parecidas, nunca vi nada tão sofisticado.
Por exemplo, parte das boas vindas são assim:
«Nós nos esforçamos para criar e defender, é o conceito de gestão e de serviços humanos. Aqui, os visitantes vão sentir que estão a ser respeitadas: Entrando no salão cordiais recepção pessoal chamada a títulos, a partir de sua assiduidade ao serviço levou lugar confortável refeição, mesas e cadeiras colocadas mesmo na medida exigida por coisas ou detalhes, estamos bem preparados bem, É Ton Xin, uma permite livremente, com alegria e romântico jantar e instalações recreativas.»
Se nota alguma semelhança entre isto e algum exame de Língua Portuguesa, acredite que é pura coincidência. Sinceramente desconheço se isto é ou não pró-TLEBS ou pós acordo ortográfico.
«Agora que já lhe conseguimos abrir o apetite venha até à China. Que é como quem diz, venha até ao Ton Xin…E para ajuar , nas pareeds está esculpida uma representação da Grande Muralha e as mesas e cadeiras têm o estilo do Palácio Imperial.»
Sente-se e aproveite pois bem a sua estadia nesta China à beira rio, ali para os lados da Avenida Brasília.
E não se esqueça de experimentar, por exemplo, o Molho de Alho (Sem Picante). Eles explicam para que serve:
«O molho de Nice na base do alho fresco fica bem em todas as partes. Você pode combinar este molho com todos os outros molhos, excepto com molho da fruta.»
Mau, mau…!!

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domingo, janeiro 06, 2008

Luiz Pacheco, 1925-2008

Morreu. Era homem de uns nacos de prosa (oral também) como poucos do canon literário estabelecido (e que por aí vendem como pão quente), são capazes.
«E tudo me parecia uma estupidez: o País não ia mudar por causa de uma merda aqui no Carmo. O País não muda assim de um dia para o outro. Ainda hoje, não mudou tanto como isso.»
Luiz Pacheco

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Dakar mais longe

E pensava o governo que tinha o melhor marketing do planeta (até eu pensava assim!). Pois eis o melhor merchandising da história: os seus promotores dizem que a tshirt do Lisboa-Dakar serve para promover a prova automobilística mais curta (CCB - Mosteiro dos Jerónimos), a mais amiga do ambiente, aquela em que os motores foram mais poupados, e afinal a única até hoje realizada em que todos os concorrentes chegaram ao fim.
Salve-se ao menos o humor.

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