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sexta-feira, dezembro 22, 2006

Natal à beira-rio

Aos amigos do Insustentável,
até Janeiro.

É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala-te, vento velho!
É o Natal que passa,
A trazer-me da água a infância ressurrecta.
Da casa onde nasci via-se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava, no cais, à noite iluminado...

Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra a terra me envolvia
E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me
À beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?

David Mourão-Ferreira

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Corrupções # 1

Sim, todos querem a Maria José Morgado! Até eu!
Mas não necessariamente porque acredite que, a partir de agora, é que a corrupção vai começar a ser seriamente combatida. Não!
A minha preferência por Maria José Morgado é por outras razões: de pedagogia, digamos.
A meritocracia começa pelo exercício de dar oportunidade a que o mérito se manifeste, onde ele pareça existir.
E confirmar se, afinal, alguns valem pelo menos metade daquilo que parecem.
Mas a minha mente prospectiva (vício de quem tem a mania que também sabe), diz-me que, das duas, três:
1 – Ou a Maria José Morgado acabará por conseguir algo, com a sua competência, coragem e voluntarismo;
2 - Ou esta nomeação servirá para provar que o corpus jurídico (teórico e prático), com a sua elevada complexidade, transformará qualquer vontade numa imensa disfuncionalidade kafkiana, traduzida em erros processuais, atrasos cirúgicos e zero condenações;
3- Ou então a Maria José Morgado, sentindo que afinal conseguirá tão pouco como os outros que a precederam, rapidamente arranja um bode espiatório, batendo com estrondo a porta, e acendendo mais uma vez as luzes das câmaras de televisão, para que todos vejam como fala uma reserva da nação.
Aguardemos, pois, como também outros e outros, sem precipitação de juízo preferem aguardar.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Desperdício

A Câmara Municipal de Cascais continua a primar pelo desleixo com que trata a promoção de eventos culturais por si própria apoiados, e que portanto supostamente seria do seu interesse trabalhar na sua promoção devida.
Esta é uma deficiência que já vem de longe e que tarda em ser corrigida.
Vejamos 2 exemplos bem recentes:
1º - No dia 15 de Dezembro, inserida na Temporada de Música, decorreu um concerto na Igreja dos Salesianos do Estoril, a cargo da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras (OCCO), dos Pequenos Cantores do Estoril, e sob a direcção do maestro convidado, Jorge Matta.
Como bónus tivemos ainda a excelente flautista, Sílvia Cancela.
Está certo que, aparentemente, o programa parecia não ser de grandes audiências: na 1ª parte e com a OCCO tivemos J. Vianna Da Motta (Scenas nas Montanhas, op.14); Vasco Pearce de Azevedo (Homenagem a Messiaen) e Frank Martin (Sonata Chiesa para Flauta e Orquestra).
Na 2ª parte, os Pequenos Cantores do Estoril, acompanhados pela orquestra, interpretaram uma série de canções de natal.
A Igreja estava pela metade, e se não fossem os paizinhos das crianças do coro, nem sequer isso lá estaria.
Já se sabe que o nosso público, mesmo o que está mais habituado a estas andanças da clássica, não costuma primar pela abertura: acima dos românticos, nada, Debussy é já um grande esforço, mas se reduzirem os programas a Vivaldi, Mozart, Beethoven e um ou outro Chopin, ficam todos satisfeitos de permanentemente ouvirem sempre as mesmas coisas.
Gostam muito da Gulbenkian e das grandes orquestras que nos visitam, mas se lhes taparem os olhos, não distinguem uma orquestra de 1º nível de uma outra de um nível, supostamente, mais abaixo.
Ora, acrescido a este facto, a ausência da devida promoção do concerto, acabaram por perder os que lá não estiveram. A OCCO começa a ser um dos segredos mais bem guardados em Portugal, e o programa acabou afinal por revelar-se bem acessível, mesmo para os renitentes à novidade.

2º - O exemplo seguinte sobre o mau trabalho da edilidade, ocorreu dois dias depois, a 17, data do concerto do Coral Lisboa Cantat, em formação quase sinfónica, dirigido pelo seu maestro desde há mais 20 anos a esta parte, Jorge Alves, e com uma 1ª parte inteiramente dedicada a Fernando Lopes Graça, e uma 2ª parte a Mozart (excertos do Requeim KV 626 e ainda o Ave Verum K 618, ambos com acompanhamento ao piano por Paul Timmermanns).
Para quem já ouviu este magnífico coro, as suas actuações já não são uma surpresa, tal é o nível evidenciado e que está ao alcance apenas de algumas formações profissionais.
A outro nível – péssimo - esteve mais uma vez o trabalho organizativo da CMC e do Centro Cultural de Cascais.
Pelo telefone, as senhoras que fazem o atendimento, 2 horas antes ainda não sabiam se o concerto seria pago ou teria entrada livre! E, pasme-se, não fugiam à mais básica manifestação de ignorância: «Ai, eu isso não sei!».
1 hora antes, e já no local, uma delas ainda confundia o concerto coral com o concerto de música de câmara, que teria lugar 2 horas e meia depois!
E 30 minutos antes, sabendo-se então já que a entrada afinal seria livre, não se sabia se haveria prévia distribuição de bilhetes ou não!!~
Um mimo!
Sintomática foi a presença de muito pouco público, que nem conseguiu encher uma sala já de si muito exígua.
Mais uma vez, por desleixo e incúria da CMC, inclusive com os seus próprios investimentos, perdeu quem lá não esteve, porque nem soube da existência do evento.

P.S. A OCCO é apoiada, de entre outras instituições, pela CMCascais e pela CMOeiras.
A sua programação é muito diversificada, com muitos concertos, e cobre naturalmente os 2 concelhos, em partes iguais.
Desde pelo menos há 3 anos a esta parte, a CMOeiras elabora e distribui um programa exclusivo da OCCO, relativa ao concelho de Oeiras.
Cascais?? Já estão a ver, não é??

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Girl with a White Dog

Lucien Freud

Petição Contra a TLEBS

Apareceu a petição contra a TLEBS.
Por tudo aquilo que por aqui já disse, obviamente assinarei.
Quem o quiser fazer é só linkar aqui, ou na imagem "Não à TLEBS" , aí encima, do lado direito.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Populismo Orçamentativo

A Assembleia Municipal da CML aprovou moção do PSD contra o Fim da Festa da Música.
A moção foi aprovada com os votos favoráveis do PSD, CDS-PP, PCP, PEV e Bloco de Esquerda, e os votos contra do PS.
Não sei se me ria mais das lágrimas de crocodilo de uns, se com a defesa do CCB por Miguel Coelho (PS), com esta profundíssima justificação: "não estamos num Estado rico que pode fazer o que lhe apetece".
Era exactamente a isto que me referia quando aqui adjectivei a nova ideologia governativa de populismo orçamentativo.
Fossemos todos por aí, e onde é que já estava a Fundação Berardo, a OTA, o TGV, o…???

Menos TLEBS?

Mais sobre a famigerada Terminologia.
Hoje, Vasco Graça Moura, anuncia a implosão da TLEBS.

terça-feira, dezembro 12, 2006

O cantinho mal educado # 1

Segundo parece, a Carolina passou de alternadeira de Pinto da Costa, a alternativa do Apito Dourado.

Pela culatra...

Ontem, o presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, antes do início da controversa conferência sobre o Holocausto dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, quando visitava a Universidade Amri Kabir, em Teerão, foi recebido por uma manifestação de estudantes com gritos de "morte ao ditador".
Parece que os estudantes assumiram uma atitude ainda mais activa ao partirem várias câmaras da televisão iraniana e ao tentarem atacar a tribuna onde Ahmadinejad devia discursar.
É caso para dizer que ao presidente Iraniano lhe saiu a propaganda pela culatra!

TLEBS

Tenho vindo a acompanhar o debate sobre a TLEBS (Terminologia Linguística para os Ensinos Básicos e Secundário).
A bem dizer, é a TLEBS que me tem acompanhado a mim e não mais me largou quando, desde o ano transacto, em qualquer reunião de pais (1º e 2º ciclo, no meu caso), o assunto inevitavelmente vem surgindo com cada vez maior acuidade.
Tratando-se de matéria também técnica, não consegui desde logo e à partida formular qualquer juízo que considerasse isento, de bom senso e minimamente fundamentado. Fiz silêncio por isso.
Mas passado todo este tempo, e tendo vindo a acompanhar o que de mais importante se vem escrevendo sobre o assunto, e nomeadamente farejado grande parte dos links produzidos na blogosfera, chego inevitavelmente à conclusão que, no mínimo, falta à TLEBS bom senso, o que eventualmente poderia sobrar em base científica (mas parece que nem isso).
Faço por isso também coro contra a TLEBS, e capturo a imagem ao blogue Os Dedos (fica colocada aí encima, à direita).

segunda-feira, dezembro 11, 2006

A ESPAP do PRACE

aqui tinha falado da ESPAP (Empresa de Serviços Partilhados da Administração Pública).
Novas curiosidades hoje nos chegam pela mão do DN: a 2ª versão do projecto-lei que criará este fenómeno, prevê que a ESPAP, no seu âmbito de intervenção, possa ela própria vir a criar outras sociedades comerciais "integralmente detidas por si ou igualmente participadas pelo Estado, com vista ao desempenho indirecto das atribuições que lhe são cometidas".
Temos pois o PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado) a encolher o Estado, e o ESPAP a inchá-lo.
Daqui a uns anitos faremos as contas ao saldo, mas a experiência de uns bons anos de administração pública diz-me que ele não será famoso, mas que tudo se há-de corrigir com um PRACE The Second.
Curioso é sempre notar que o animal é de hábitos: quando já não consegue fazer no mesmo sítio, de tão mal que cheira, abre um novo buraco!
Por falar em cheirar, está-me também a parecer que alguém recém chegado ao negócio da administração pública andou por aí a ler uns papers made in Denmark – provavelmente de onde tiraram aquela outra ideia da Flexi-Segurança – e apanharam esta no ar sobre a empresarialização (não precisam de a decorar, que se vai ouvir mais vezes) dos serviços do Estado.
Segurem-se pois cidadãos, que de onde veio isto vem ainda mais, e é chumbo grosso!

Overdose governativa?

Goste-se ou não de Luís Delgado, este opinativo dá na "mouche": de facto o cansaço por tanta medida, plano e projecto começa a estar perigosamente perto da overdose.

Mais leitura digital

Depois do Google, é a Microsoft a prometer a digitalização de livros. O Live Search Books vai arrancar com um período de testes nos Estados Unidos que incidirá sobre centenas de livros não protegidos por direitos de autor.

Fonte: tek.sapo

quinta-feira, dezembro 07, 2006

"Milando Musical"

Caro Eduardo
Sou um seu atento leitor e admirador do blogue Da Literatura. Alguma falta de tempo e também de disposição, têm-me nos últimos dias afastado dos meus blogues habituais de peregrinação.Por esse motivo só agora li o seu post "Milando Musical", relativo ao fim da Festa da Música.
Parece-me que este seu post é muito motivado pela campanha do Expresso e por algumas criaturas que por lá debitam. Mas o que é certo é que a Festa da Música também apanha por tabela.
Ao contrário de si, estou frontalmente contra o fim deste evento e considero mesmo tal decisão uma das mais reaccionárias, retrógradas e provincianas que nos últimos anos se tomaram na área da cultura. Se quisesse recorrer ao senso comum e às representações ideológicas da esquerda, diria que foi a decisão mais de direita possível.
É assim que me admiro com os seus números quando fala de "duas ou três mil pessoas d'habitude". Números desse calibre não tenho, mas tenho a experiência de 6 anos de Festa da Música com assídua presença ao longo de todos os dias. A quantidade de gente que vi, com quem conversei nas mais distintas ocasiões, desde filas para as bilheteiras (sempre no mínimo 3 horas), filas para as salas dos concertos, conversas apanhadas aqui e ali, palmas que se batem entre os andamentos, quando não a meio dos mesmos, rebuçadinhos de mentol que se abrem já o instrumentista vai no 6º compasso, criancinhas, crianças, púberes e adolescentes, são o suficiente para se perceber que aquele público não é constituído pelas pessoas d'habitude. Será povo??
Aliás, os d'habitude da Gulbenkian e do S.Carlos, nomeadamente os que assinam as temporadas, nem sequer põem os pés na Festa da Música (à parte um ou outro concerto sinfónico e/ou coral no auditório maior do CCB). São faunas diferentes, cada qual com o seu habitat específico. Ou que pelo menos gostam de sentir que não fazem na mesma árvore. Territorialidades!
Desconheço qual a fonte desses números a que faz referência, mas os únicos rigorosos que conheço são os que falam de alguns milhares de bilhetes vendidos, e que para mais demonstram que, cada vez que se subiu a fasquia, este estranho público correspondeu.
Saltitando os anos: 27.200 com Bach (em 2000 no 1º evento); 41.200 com a Música Russa (2001); 51.000 com O Barroco Italiano (2003); 62.700 com Beethoven (2005) e 48.850 com A Europa Barroca (2006).
Mas naturalmente, a Festa da Música não eram apenas as entradas registadas, mas também outras quase tantas pequenas minudências.
Por exemplo, a participação na última edição, de 357 músicos portugueses num total de 827, e de mais de 400 crianças nas suas ocorrências paralelas, para só citar dois exemplos.
A sua "fé" no que Mega Ferreira diz, porque tão taxativa e superficial, acaba por se tornar muito pouco produtiva.
Lembro-lhe apenas que se só há 400 mil euros, não é porque tenha havido uma diminuição significativa no orçamento do CCB para este ano, mas sim porque Mega Ferreira decidiu que só investiria esses tais 400 mil euros.
Se decidisse que não havia nada, também não investia nada.
E continuaria tudo a parecer muito óbvio!
Mas a única coisa que é de facto óbvia, é que Mega Ferreira quis acabar com o evento, e tomou as decisões políticas, financeiras e administrativas da sua instituição para que assim sucedesse. Aliás, o facto de aparentemente nem sequer ter tentado obter mais parcerias privadas, diz bem do carácter dessa decisão. E se atentarmos no facto de ter prescindido do protocolo que firmara com a C.M.L., que garantia à partida um apoio de 100.000 euros para cada evento, então estamos conversados.
Foi Mega Ferreira, aquando da assinatura da parceria com a edilidade lisboeta.
Seria preciso mais apoio da parte da C.M.L.? Então porque não se tentou?
Concluindo, trata-se de uma opção do CCB, mas que neste caso não é desculpável com a diminuição do orçamento.
Bem sei que este populismo orçamentativo faz hoje escola no Governo e na comunicação social e entre os opinadores generalistas. Ele serve para tudo: diz-se que não há dinheiro, e está justificado!
Mas o presidente do CCB que tenha pena e dê outra desculpa se quiser.
Por outro lado, os orçamentos das Festas da Música desde há 6 anos a esta parte foram sempre diferenciados, já para não falar dos orçamentos nas diferentes cidades onde ele também se realiza. É tudo uma questão de escala, de critérios de programação, extensão e periodicidade do evento, artistas contratados (principalmente a nível das grandes orquestras e corais), etc.
Os orçamentos de Nantes não são sequer comparáveis com os de Bilbao (para só citar 2 exemplos).
Em suma, cada cidade (Nantes, Lisboa, Bilbao e Tóquio) tem a Festa que pode, mas nem assim a dita Festa tem perdido as características que a singularizam de todos os eventos de música erudita a nível mundial.
E infelizmente, mau grado o sucesso que o anuncido Dias da Música terá, nunca susbtituirá a Festa da Música naquilo que esta tinha de único, nomeadamente a nível da captação de novos públicos.
Sabe quem disse isto?
Sim, ele mesmo, Mega Ferreira!
Mas é verdade que já lá vão uns meses.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

A Engrenagem

Já se sabe que o governo vai enviar milhares de funcionários públicos para o quadro de excedentes. Dobro a língua: para o quadro de mobilidade, que esse nome de excedente é muito feio e não fica nada bem na lapela do governo.
Desde há quase 2 anos a esta parte, a campanha populista do governo contra os funcionários públicos não cessa.
Para tal tem contado com espaço livre nos orgãos de comunicação, e com uma grande dose de ignorância da maior parte dos jornalistas (para não dizer todos) no que aos assuntos públicos e à administração pública diz respeito.
Não há especialistas nem know how na comunicação social sobre esta matéria e isso tem sido terreno fácil para as mais descaradas manipulações.
Sobre números e estatística, no que à administração pública dos países da UE diz respeito, então nem vale a pena falar.
A coberto da ausência de tempo da parte dos orgãos de comunicação (e tempo é dinheiro), as empresas de comunicação agenciadas pelo governo (essas têm tempo… e dinheiro: nosso) têm fornecido praticamente todas as notícias que vêm sendo publicadas pelos nossos jornais, revistas e noticiadas na televisão.
Criou-se assim uma verdade inabalável: há funcionários a mais, e em prol do orçamento e da economia do país e de todos os contribuintes, há que dispensá-los.
Até aqui tudo bem.
Ou melhor, tudo mal: é que eu concordo que a administração pública precisa de ser fortemente reestruturada, que nela existe muita incompetência, despesismo e muito amiguismo, e não concordo nem um pouco com a metodologia do governo.
Se agora temos uma má administração pública, dentro de 4 anos ela estará ainda pior.
Porque será?
E vem toda esta minha lenga lenga a que propósito?
Vem a propósito do gato que está escondido mas deixou o rabinho de fora.
Então, mas se é preciso reformar, poupar, moralizar, redimensionar, alguém me explica porque motivo é que o organismo público que será responsável pela gestão do tal quadro de mobilidade tem de ser uma empresa pública???
Sim, uma empresa pública!!! Ouviram bem!
Terá o bonito e pomposo nome de Empresa de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP) e também um conselho de administração constituído por um presidente e três vogais.
Venham pois os boys e as girls, que no meio de tanta crise sempre se vai arranjando um espacinho para acomodar mais alguns.
Existe uma Direcção Geral da Administração Pública (DGAP), que até hoje foi a entidade responsável pela gestão de RH na máquina do Estado.
Mas pelos vistos, para o nosso governo, campeão do ataque aos gastos supérfulos no Estado, essa solução não servia.
Era preciso criar uma empresa pública!
Aos inúmeros gestores, economistas e trabalhadores na indústria da opinião, que tanto se têm afadigado a fazer dos funcionários públicos os bodes expiatórios da situação do país, aconselho-os agora a analisar com calma este simples caso: é que ele é exactamente o paradigma da actuação de todos os governos desde há mais de 20 anos a esta parte, que levaram à situação em que se encontra actualmente a máquina do Estado.
É o “sistema”!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Campanha

Vamos salvar a festa da música é a campanha do jornal Expresso a favor do mais popular evento de música clássica, alimentada por um forum.
Alguns excertos:
Sérgio Godinho