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domingo, agosto 12, 2007

Até Setembro

Bom, e agora é que é. O carro já está lá em baixo carregadinho e à minha espera. Fiquem-se com esta "rapaziada da praia", nesta altura já tão madurinhos como eu, e com as mesmas "boas vibrações" de que vou carregado. E até Setembro.

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Para férias

Agora é a minha vez. Já a malta volta de férias e alguns até com uma pele nova, e eu ainda por aqui ando. Por isso, adeus, e até ao meu regresso, lá bem para os princípios de Setembro. Vai ser um pouco de tudo: mar, rio e campo, que assim é que gosto. Como é costume, levo debaixo do braço uma resma de livros. Pela foto podem facilmente constatar, que o que mais levo é sobretudo uma grande dose de optimismo sobre as minhas capacidades de leitura. Mas o que não se ler fica como a reentré livresca lá de casa, e quiçá dure até Outubro.
#Natalia Ginzburg - Foi Assim. Livros Cotovia, 1992
#Bernardo Carvalho - O sol se põe em São Paulo. Livros Cotovia, 2007
#Pietro Citati - História primeiro feliz, depois dolorosa e funesta. Livros Cotovia, 1998
#Ruy Duarte de Carvalho - Os Papéis do Inglês. Livros Cotovia, 2000
#Zuenir Ventura - Inveja: mal secreto. Asa, 2005
De música, atiro para dentro do iPod mais umas coisitas, a juntar às que já lá se vão amontoando desde há uns meses.
De Clássica vai:
#Debussy; Dutilleux; Ravel : String Quartets (Belcea Quartet). EMI 2001
#Rare French Works for Violin and Orchestra: (Philippe Graffin: violin; The Ulster Orchestra; Thierry Fischer: conductor). Hyperion, 2001
#Rachmaninov: Sonata for cello & piano op.19; Bridge: 4 pieces for cello & paino; sonata for cello & piano. Jerôme Pernoo (cello) e Jerôme Ducros (piano). Ogam, 2002
Jazz:
#Coleman Hawkins: Good Old Broadway (Coleman Hawkins: tenor saxophone; Tommy Flanagan: piano; Major Holly Jr.: bass; Eddie Locke: drums). JVC xrcd
#John Coltrane: Black Pearls (John Coltrane: tenor saxophone; Donald Bird: trumpet; Red Garland: piano; Paul Chambers: bass; Arthur Taylor: drums), JVC xrcd
e já agora Blues:
#Mighty Sam McClain: Keep On Movin’, JVC xrcd

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Esta também é nossa!!

Sim, foi mesmo um golaço do russo Marat Izmailov, contratado pelo Sporting (e ainda a título de empréstimo, embora com opção de compra já apreçada), por meia dúzia de tustos. O resto é conversa! Mas confesso que gostei muito de ouvir as declarações do treinador do Porto: afinal, quem é que passa a vida a dar desculpas para as derrotas? Mas a Supertaça, esse troféu que põe frente a frente o campeão nacional de uma época com o vencedor da Taça de Portugal da mesma época, a jeito de tira-teimas, veio mostrar que um clube que continua a fazer contratações muito abaixo das dos seus rivais (6 milhões para o Sporting, 18 milhões para o Porto e 20 para o Benfica*), vai mesmo assim rugindo bem mais alto do que muitos esperariam.
*Esta análise comparativa (contratações e orçamentos) fica prometida para mais tarde, lá para Setembro ou Outubro.

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sexta-feira, agosto 10, 2007

Compêndio para uso dos Pássaros

Finalmente a tão aguardada obra completa do poeta que disse «Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira»! A Quasi, depois de já se ter responsabilizado pela primeira edição de Manoel de Barros, em Portugal, com "O Encantador de Palavras" (e que já tenho aqui no insustentável colocado um poema ou outro), lança agora este preciosíssimo "Compêndio para uso dos Pássaros", epílogo para todos aqueles que vêm também adquirindo aqui e acolá os lindíssimos livros que o poeta vai publicando na editora brasileira Record. São 616 páginas de imperdível "terapia literária"*.
*«A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.» [Manoel de Barros]

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quarta-feira, agosto 08, 2007

E Ainda Mais Retratos da Administração Pública

terça-feira, agosto 07, 2007

Assim não, Dalila!!

Quando em Março a directora do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) denunciou o encerramento de algumas salas do seu museu (e de outros museus) por falta de vigilantes, situação essa que levou ao ridículo de o principal museu do país ter de cobrar apenas parte do bilhete aos seus visitantes, porque tinha muitas das suas salas fechadas, o destino de Dalila Rodrigues ficou ali definitivamente traçado. É que saltou nessa altura à vista de todos, a enorme distância entre a propaganda alardeada por este ministério (e por outros), e a realidade escondida de miséria, mesquinhez, e gestão de mercearia.
O Ministério da Cultura foi então obrigado, para vergonha do país, a encontrar soluções apressadas para essa situação caricata passada no seu GRANDE Museu Nacional, mas Dalila, essa, ficou-lhe atravessada: «Cá se fazem, cá se pagam».
Depois, a senhora deu-se ainda ao desplante de nos jornais e na televisão lançar sistematicamente o debate sobre o modelo de gestão dos museus. Ora, isso para a nomenclatura estalinista que se apoderou do Ministério da Cultura (e não só) é imperdoável.
Mas o pior ainda - e esta foi a grande afronta ao Ministério da Cultura - foi a directora do MNAA ter-se atrevido, sublinho, atrevido, a durante a sua permanência à frente dos destinos daquele museu, iniciada em Setembro de 2004, ter duplicado o número de visitantes, passando de 71.973 para 192.452, e ter feito com que as receitas, passassem de 250 mil euros (2003), para um milhão e 109 mil euros (2006). De caminho ainda deitou a mão aos tectos que estavam literalmente a cair, a carpetes rotas, a pinturas de parede cheias de caruncho, a portas empenadas, e a tudo isso conferiu-lhes a dignidade que o lugar clamava.
Não, isso já era demais! Assim não, Dalila!!

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segunda-feira, agosto 06, 2007

"Se não aconteceu, podia ter acontecido"

Carreiras da função pública reduzidas a 'director-geral', 'lambe-botas' e 'bufo'
O governo vai reduzir as actuais 1473 carreiras da função pública para apenas três, o que lançou diversos sindicalistas na mais profunda depressão. "Para o PS, a maneira ideal de organizar a função pública é ter um director-geral nomeado pelo Governo, dezenas de lambe-botas que acatem as determinações dos ministérios com uma lealdade canina e dois ou três bufos que os controlem e reportem directamente ao director-geral e ao ministro que o tutele qualquer desvio na ortodoxia", explicou José Sócrates ao IP. "No fundo, é adoptar o sistema de organização interna do PCP. Não entendo porque é que os sindicatos se queixam", conclui.

Função Pública tinha 43 carreiras distintas de bajuladores
Das 1473 carreiras da função pública, existiam muitas anacrónicas ou simplesmente bizarras, como "archeiros" ou "sopradores de artigos de laboratório". Porém, o que mais espantava na função pública era a profusão de carreiras ligadas à bajulação. Assim, a título de exemplo, existiam carreiras diferentes para os funcionários públicos que apenas bajulassem o director-geral que tivesse sido nomeado pelo Governo de determinado partido (os "lambe-botas") e para os funcionários públicos que bajulassem o director-geral, tivesse ele sido nomeado por um governo PS, PSD, PS/CDS ou PSD/CDS (os "lambe-cus").

Notícias retiradas de O Inimigo Público (Se não aconteceu, podia ter acontecido) nº 202, da passada Sexta-feira, dia 03 Agosto

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domingo, agosto 05, 2007

A beleza da música #6

Sharon Bezaly (Israel): Flauta

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sábado, agosto 04, 2007

Um ano de Hálito Azul da Tarde

"(...)Caminho pelos lugares queridos, sem tristeza, nem mágoa, altas, condoídas árvores, lagos serenos escorrendo de meus olhos, hálito azul da tarde que, por cair, de sombras vai tranquilizando o horizonte. Só, meu coração, bate contra a pedra e o silêncio." [Rui Knopfli].

É o Hálito Azul da Tarde que faz hoje um ano. Este Hálito é um bálsamo quotidiano para os sentidos. Quando tanta coisa não faz sentido, o Hálito faz sempre. Mérito da Ana Isabel, que também cuida das crianças (e não só) com o voo das borboletas. Parabéns.

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quinta-feira, agosto 02, 2007

A imagem do rigor

Por ora Costa estará na situação privilegiada de as expectativas para estes 2 anos serem extraordinariamente baixas por parte dos lisboetas. Depois da rebaldaria de albergue à espanhola que foi a passagem do PSD de Carmona pela CML, a maralha apenas espera (a que votou, porque a outra já só desespera) que Costa aperte o cinto aos gastos da CML, que negoceie alguma da dívida aos principais fornecedores, e inaugure alguns projectos de nulo impacto financeiro, pelo menos nestes 2 primeiros anos. Está por isso mais que garantida uma imagem de rigor e seriedade. E isto é o que é mais fácil fazer, e é aquilo que os portugueses mais gostam de ver: que venha alguém – e se Costa fizer cara-de pau e um ar poupadinho em sorrisos, tanto melhor – “cortar a direito” e endireitar as finanças públicas. A popularidade que os ex-ministros das finanças sistematicamente têm neste país, quando desempenham as suas funções em contextos orçamentais restritivos, é sintoma disto mesmo. Não sei se é coisa para sentar a nação toda no divã, e por isso nem vou sequer lembrar um tal Oliveira, que em 1926, trouxe finalmente a Ordem por que tantos então ansiavam. Basta antes lembrar a auréola ganha por Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix, mais recentemente. O pior é quando, endireitadas (conjunturalmente) as finanças, é preciso passar a construir alguma coisa de concreto e mostrar serviço, isto é, finalmente governar. Aí é que se vê de que é feito um político, e é aí que se dão as inevitáveis grandes desilusões. Cá estaremos para ver. Isto se, nestes próximos 6 anos, António Costa ainda lá estiver para ser visto.

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O Zé faz falta!

Profissionalão como é, António Costa já tirou do caminho Zé, o Fiscal de serviço. António Costa sabe que, pior que tudo era o Zé desatar novamente a fazer chantagem política e a lançar suspeições para o ar, tivesse ou não razão, sobre esta ou aquela obra, sobre este ou aquele projecto. Ainda há pouco tempo, em plena campanha eleitoral, nas instalações da Docapesca, o Zé dizia que Costa tinha um "plano secreto" para a frente ribeirinha, e "planos de betonizar isto tudo".
Por isso o Zé faz muita falta a António Costa. É que 2 anos apenas, não dariam tempo para se provar se o Zé, em qualquer suspeição ou denúncia que fizesse sobre António Costa, afinal tinha razão ou não, e a mancha ficaria lá, a impedir a maioria absoluta nas próximas eleições autárquicas. António Costa rodeou-se previamente de um ícone financeiro chamado Saldanha Sanches, uma múmia senatorial oportunisticamente rendida ao novo poder absoluto - Miguel Júdice - e ainda de um arquitecto - Manuel Salgado - que sendo incontornável do ponto de vista profissional, é-o também do ponto de vista político, já que, sofregamente, tudo veio fazendo nos últimos anos para atingir os destinos urbanísticos de Lisboa, onde finalmente chegou.
Mas o problema poderia vir do Zé. É que o Zé tem sistematicamente mais acesso à comunicação social e mais tempo de antena, do que a importância democrática que os eleitores lhe conferem nas eleições. E do que António Costa não precisa para estes 2 anos, é de um fiscal camarário às costas, que levante problemas por isto ou por aquilo, trancando obras e projectos com providências cautelares. Por isso, este acordo de António Costa com o BE, sendo simplesmente inútil do ponto de vista da gestão e liderança da CML – António Costa continua mesmo assim apenas com uma maioria relativa – é de facto de uma grande utilidade política. Literalmente, António Costa deu um chupa-chupa ao Zé e meteu-o no bolso: "vá, agora está quietinho e vê como se faz". No entanto, a coisa não será para durar, pois do que o Zé gosta mesmo é de ser o Robin dos Bosques Citadinos e Áreas Verdes Adjacentes, e os apetites imobiliários para a frente ribeirinha (esperem para ver) mais tarde ou mais cedo colocarão um espelho à frente do pobre Zé. Para além disso, terá pesadelos que Roseta ocupe o seu panteão de grande denunciador. Mas a verdade, é que António Costa só precisa mesmo do Zé é agora, para estes 2 cruciais anos. E esse, já lá canta.

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quarta-feira, agosto 01, 2007

Sporting 2007/08 #3

Está praticamente fechado o plantel do Sporting para a próxima época. Chegaram do exterior umas quantas caras novas: Gladstone (Brasil), Derlei (Brasil), Izmailov (Rússia), Simon Vukcevic (Montenegro), Purovic (Montenegro), Stojkovic (Sérvia), e mais recentemente Pedro Silva (Brasil) e Maryan Had (Eslováquia).
Destas contratações continua a verificar-se uma tendência do SCP para privilegiar jogadores mais jovens, embora com algum tempero de experiência: Gladstone (22 anos), Izmailov (24), Vukcevic (21), Purovic (22), Stojkovic (23), Maryan Had (24), Pedro Silva (26) e Derlei (32).
Outros critérios, para além deste da idade, vê-se também que houve: esta equipa é bem mais alta, tem ainda mais mobilidade no miolo e à frente, e junta uma maior presença nas laterais.
Percebe-se mais uma vez que Paulo Bento quer ganhar os jogos (e o campeonato) começando por defender melhor que os adversários (na época passada o SCP foi a equipa que menos golos sofreu na Liga, e das menos batidas a nível europeu). Este ano procura reforçar esta capacidade com a estatura. Em situações de bola parada, o SCP pode colocar desta vez, aquele que será um dos conjuntos de torres mais expressivas do campeonato 2007/2008: Gladstone (1,82), Purovic (1,93), Stojkovic (1,95), Polga (1,82), Tonel (1,84) Pedro Silva (1,83) e Maryan Had (1,90). Faz todo o sentido no futebol moderno, e mais ainda numa equipa que se viu fortemente desfalcada na defesa (Ricardo, Tello e Caneira), o que desenha aí um ponto de interrogação a lançar alguma preocupação entre a lagartagem. Veremos como fica. Se Paulo Bento conseguir (re)construir uma defesa pelo menos tão sólida como a do ano transacto, então temos equipa. Senão…

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