Relance 2007-2008
Por isso, aqui deito a mão ao Objectos, e com isso vos faço a todos, leitores do insustentável, este votos sinceros para 2008. E aproveito ainda para atirar umas larachas soltas para o ar.
O PSD deambula sem objectivo, retrocede, avança e contorce-se, de tão desorientado que está. Não se percebe o que afinal quer para Portugal. Mas percebe-se o que quer afinal do país. Quer o Poder, mas a preguiça e a incompetência é tanta, que às tantas páginas nem está para alinhavar meia dúzia de ideias com consistência e lógica. Mas compreende-se: é que o PS governa como o PSD no fundo gostaria de ter governado (e de vir a governar). E também se percebe porque o faz assim, de um modo tão laxista e pouco aplicado: é que nas 2 últimas eleições legislativas, a oposição (PSD/Barroso numa ocasião e PS/Sócrates em outra) a bem dizer nada fizeram para merecer a vitória que vieram posteriormente a conquistar nas eleições. Foram os governos de então (PS/Guterres e PSD/Barroso/ Santana) que simplesmente ofereceram as eleições de bandeja. Por isso o PSD de Marques Mendes e agora este “novo” PSD, simplesmente aguarda languidamente que o governo caia por si e de podre.
O PS por sua vez governa com tal força de campanha e marketing (embora alguma comunicação social comece aqui e ali a querer desalinhar-se), que por vezes até parece que governa de facto. A bem dizer, o verbo até que se lhe aplica mas de um outro modo: o governo governa-se. Faz isso, e bem, e ponto final. De resto o que melhor faz é desqualificar o pequeno e o médio país, do Minho ao Algarve. Não ficará pedra sobre pedra.
Para além das poucas indústrias que vão encerrando de norte a sul (aí a responsabilidade é bem mais estrutural e muito pouco governativa, embora não tenha sido eu que tenha prometido 300.000 empregos!), do desemprego galopante, o governo vai simplesmente retirando os serviços mais básicos e mais estruturantes das comunidades (maternidades, urgências, hospitais, etc.) Só quem não vive nem dorme sequer 2 dias numa cidade média deste país, ou não teve ainda o azar de ficar doente na hora e local errados, é que pode justificar esta política da saúde. É de facto a grande revolução pós-25 de Abril. Mas é a má revolução. Quando daqui a uns anitos for possível fazer-se o balanço desapaixonado da acção deste governo, no que à (des)qualificação do território diz respeito, à (des)qualificação da vida dos mais desfavorecidos, e à qualificação dos mais favorecidos e donos do regime, então se apreciará o descalabro que foram estes anos, e provavelmente os que se seguirão, sejam eles do PS ou do PSD.
Escolha o Diabo que fica sempre bem. E bom ano de 2008.
Etiquetas: Política